Falamos de ansiedade com naturalidade e várias pessoas a identificam como um sentimento comum. A mão fica gelada, o ar desaparece, o estômago embrulha, o coração acelera e, se tiver com outras pessoas, dá vontade de sair correndo. As vezes parece que nem vai sobreviver para contar história. Da vontade de nunca mais senti-la.
E se eu te contar que a ansiedade surgiu para nos proteger de situações de perigo e teve papel fundamental na sobrevivência da espécie humana? Ela é uma resposta natural do nosso corpo frente a situações decisivas e significativas.
Apesar disso, entendemos que a ansiedade se torna um problema quando aparece demasiadamente, com ou sem gatilhos específicos, atrapalhando frequentemente as atividades do dia a dia. A ansiedade não deixa esconder que tem alguma coisa errada acontecendo e o desespero causado por ela exige alívio rápido.
Algumas técnicas são válidas para amenizar a crise e indicam para o corpo que a vida não está em risco: prestar atenção e controlar a respiração, perceber e nomear o ambiente ao redor ou conversar com alguém verdadeiramente disposto a te ouvir.
Mas e a longo prazo, como evitar esses sintomas?
Para diminuir a frequência e intensidade de crises é preciso saber de onde elas vêm, qual núcleo provocado as desperta. Mesmo que tenham sido despertados por um evento pontual, sensações e pensamentos dizem respeito ao todo da nossa história e dos nossos contextos.
Falar de si para alguém capaz de ouvir adequadamente leva a novas interpretações sobre experiências passadas e atuais, ressignificando vivências e colocando-se em uma nova perspectiva diante dos acontecimentos. Isso pode diminuir a percepção inconsciente de que a vida está em risco, melhorando os sintomas da ansiedade.
Olhar para si mesma/o e buscar na própria história o que está tão fora do lugar exige coragem. Profissionais compreendem a complexidade dos problemas e com respeito tentam ajudar a desembaraçá-los, amparando o que surge durante o tratamento. Faço o convite para essa jornada em busca de saúde e maior tranquilidade com o espaço que se ocupa no mundo.
Comments